Vale a pena tomar multivitamínicos?

Você chega na farmácia para comprar um remédio para dor de cabeça e se depara com uma prateleira cheia de cápsulas. Nela, você encontra vitamina D, spirulina, complexo B, ômega 3, ferro e por aí vai. Algumas dessas cápsulas são os multivitamínicos, ou seja, várias vitaminas e minerais em um produto só. Tomar uma vitamina a mais não vai fazer mal, você pode até pensar. Mas será que vale a pena tomar multivitamínicos? Será que teremos mesmo benefícios ou estamos apenas gastando dinheiro à toa?

Notícia 01

De A a Z: analisando um multivitamínico

Existem multivitamínicos de todos os tipos, para idosos, mulheres, gestantes, homens, atletas, etc. Primordialmente, a ideia é complementar a dieta diária de um adulto saudável.

Pegamos um multivitamínico de uma marca conhecida que custa R$32, com 60 cápsulas, isto é, duraria por um mês. Fazendo a divisão, temos, então, um valor médio de 0,53 centavos por cápsula.

Em sua composição, encontramos vitamina A, D, C, B1, B2, B3, B6, B12, ácido fólico, ácido pantotênico, ferro, zinco e manganês. Uma cápsula supre 100% das necessidades diárias de um adulto saudável de vitamina A, D, C, B1, ácido fólico e ácido pantotênico. Já a vitamina B2 e B3 supre 81%, a vitamina B6, 38%, o ferro, 71% e zinco, 29%.

Até aí, por enquanto, tudo bem, certo? Vale a pena, então, tomar multivitamínicos? É o que discutiremos abaixo…

Vitamina sintética x vitamina natural

Diferente de um almoço, com arroz, feijão, carne, salada e legumes, as vitaminas de um multivitamínico são sintéticas. São produzidas artificialmente. Desse modo, encare-as como uma suplementação.

O multivitamínico imita a vitamina natural. Estas são derivadas de alimentos, ou seja, material vegetal ou animal que contém tal vitamina. Então, a vitamina C vem da laranja, o zinco das castanhas, a vitamina B2 do leite, o ferro do feijão, etc. Já as vitaminas sintéticas são produzidas em laboratório.

Essas vitaminas não naturais não têm os transportadores e cofatores associados com vitaminas que ocorrem naturalmente. Isso porque elas estão isoladas. A vitamina C da laranja, por exemplo, não está sozinha. Ali, naquela fruta encontramos outras vitaminas, enzimas e minerais.

Além disso, o nosso corpo reconhece de formas diferentes uma vitamina sintética e natural. Inegavelmente, a vitamina natural tem mais resultado e um aproveitamento melhor. Não que a sintética não traga benefício, quando é necessário. No entanto, no geral, a forma natural da vitamina é vista como superior.

O excesso também é prejudicial

Se você tem uma alimentação saudável, é provável que você tenha um bom aporte de nutrientes. Quem consome alimentos integrais, frutas, legumes, verduras, sementes e cereais diariamente consegue ter todas essas vitaminas e minerais de forma natural. Então por que optar pela versão sintética?

A não ser que você tenha alguma condição específica, que não te permita absorver corretamente os nutrientes, como problemas no trato gastrointestinal, não há necessidade de tomar multivitamínicos. Até porque o excesso de vitaminas também é prejudicial.

Olha só o que o excesso de algumas vitaminas pode causar:

  • Vitamina A: sensibilidade em articulações e ossos, pele seca;
  • Ferro: cefaleia, convulsões, náuseas;
  • Vitamina D: fraqueza, anorexia e hipercalemia;
  • Zinco: diarreia, tontura, dor epigástrica, náuseas;
  • Vitamina C: formação de cálculos renais.

Assim como tudo na vida, na nutrição, a chave é o equilíbrio. Nem a mais, nem a menos. Para que tudo funcione perfeitamente, precisamos dosar os pesos na balança.

Comparando as fontes

Agora, para te provar por A + B que, sem dúvida, não vale a pena tomar multivitamínicos, faremos algumas contas básicas.

Vitamina C

Aquele multivitamínicos que comentamos no começo tem 45mg de vitamina C. Vamos ver com que quantidade de comida atingimos esse valor?

  • Uma laranja: 66,2mg.
  • Duas colheres de sopa de couve + uma colher de sopa de pimentão amarelo cu: 52,14mg.
  • Uma branca: 97,7mg.
Zinco

No multivitamínico, temos 2 gramas.

  • Um bife à parmegiana (100g): 2,41mg;
  • Uma colher de sopa de amendoim + 30g de castanha de caju crua: 2,29mg;
  • Uma concha cheia de grão de bico cozido: 2,45mg.
Mais nutrientes

Será que, no geral, é tão difícil conseguir esses nutrientes pela alimentação? Com o intuito de te mostrar que não, confere só algumas fontes das vitaminas e minerais encontrados no multivitamínico:

  • Vitamina A: queijo, manteiga, cenoura, abóbora, mamão;
  • Ácido fólico: fígado, feijão, brócolis, aspargos, pão integral;
  • Vitamina B1: carne de porco magra, germe de trigo, gema de ovo, peixe, leguminosas;
  • Ácido pantotênico: ovo, brócolis, carne bovina, fígado;
  • Vitamina B2: carnes magras, ovos, levedura, leguminosas, vegetais verde-escuros;
  • Manganês: frutos do mar, feijão, castanhas.
  • Ferro: carne bovina, leguminosas, folhas verde-escuras;
  • Vitamina B6: frango, vísceras, batata, banana, aveia;

Prefira comida de verdade

Acima de tudo, prefira descascar ao invés de embalar. Prefira a comida in natura, que vem da terra, que reconhecemos o nome e não foi feita em laboratório. Essa, sim, é a melhor forma de obter todos os nutrientes necessários à saúde.

Afinal, vale lembrar que comida é mais do que apenas nutrientes. É afeto, cultura, prazer, hobby, momentos em família, etc. Dessa forma, não se preocupe só com os nutrientes, se preocupe em ter uma relação melhor com o alimento. Em nutrir corpo e mente.

Se não há uma recomendação profissional, de um médico ou nutricionista, para o uso de multivitamínicos, não vale a pena tomá-los. Algumas pessoas vão precisar de suplementação de vitamina D, ferro ou algum outro nutriente. No entanto, cabe ao profissional avaliar cada caso e decidir a melhor conduta. Jamais suplemente por conta própria. Essa é uma atitude arriscada.

Nossa dica, então, é gastar esse dinheiro investimento em uma consulta com um nutricional. Te garantimos que você terá muito mais resultado com uma reeducação alimentar do que um multivitamínico.

Pode confiar, é o simples que funciona. Vamos juntos descomplicar a alimentação saudável?

Fonte: nutricionistacristiane.com.br/blog/

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